A MINI deixou de oferecer transmissão manual em seus carros na Europa e em qualquer parte do mundo.

Segundo a revista inglesa Autocar, a decisão da MINI em não mais oferecer câmbio manual em seus produtos se deve em parte à guerra na Ucrânia, assim como escassez global de semicondutores.

A MINI informou à revista que a demanda por carros automáticos aumentou e por isso o corte no manual acabou acontecendo.

Antes, com exceção de MINI Cooper S E, que é elétrico, os demais possuíam opção da caixa com trocas manuais e pedal de embreagem.

Contudo, ainda não se sabe se a MINI voltará a oferecer a transmissão manual para seus clientes.

A marca britânica disse em nota: “As circunstâncias atuais, incluindo a guerra na Ucrânia e a escassez de semicondutores, estão causando restrições na cadeia de suprimentos em toda a indústria automotiva global”.

“Para garantir a máxima produção para atender à crescente demanda dos clientes, nossa oferta de produtos precisa ser simplificada. Esta solução é a maneira mais eficaz de garantir a estabilidade da produção para podermos continuar a fornecer a todos os nossos clientes novos Mini’s”, finalizou a MINI.

Por conta da falta de peças e componentes na cadeia global, a produção da MINI em Oxford, Reino Unido, foi comprometida e a fábrica suspendeu sua produção.

Assim como outras montadoras europeias, a MINI teve que apertar o cinto para manter a fabricação de automóveis, que agora se dá mais na Holanda, através da NedCar.

O possível fim da caixa manual na MINI chama atenção num cenário de corte de chips a bordo dos carros, onde evidentemente as transmissões automáticas usam mais sistemas eletrônicos.

Por ora, a MINI ainda não teve que cortar itens de seus carros, o que lhe traria ainda mais problemas.

No Brasil, o fim do câmbio manual está longe, mas a oferta está muito reduzida em comparação com anos anteriores.

Aqui, a questão é o preço alto dos carros, que força o consumidor a ter uma caixa automática para “compensar” o alto valor do carro.